sábado, 6 de novembro de 2010

Brasil

Polícia de AL localiza gêmeas de 3 meses vendidas pela mãe

A polícia de Arapiraca (AL) acaba de localizar as irmãs gêmeas de três meses que teriam sido vendidas na véspera pela própria mãe, uma mulher de 28 anos, por R$ 1.300. Os bebês foram encaminhados para o Conselho Tutelar, segundo o delegado plantonista Gilson Rego. A mãe das crianças foi preso na sexta-feira (5) e está na Casa de Custódia de Arapiraca. Após vender as crianças, a mãe teria se arrependido e procurado o pai dos bebês que, imediatamente, foi à Delegacia Regional da cidade.
As crianças estavam com uma professora de cerca de 60 anos. Segundo Geraldo Palmeira, advogado da professora, não houve pagamento pelas crianças. "Recebeu, porque a mãe entregou sob o pretexto de que não tinha condições materiais de cuidar. A única pretensão dela era cuidar dessas crianças", disse.
A professora terá que prestar esclarecimentos e, assim como a mãe das gêmeas, pode ser autuada com base no artigo 238, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina a prisão ou reclusão de um a quatro anos a quem ‘prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante pagamento ou recompensa’.


 
Madre Bárbara Maix é beatificada em cerimônia em Porto Alegre

A Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria realiza, neste sábado, 6, uma programação no Ginásio Gigantinho em Porto Alegre de Beatificação de sua Fundadora, Bárbara Maix. Às 13h30min, será realizado um Momento Artístico Cultural e, às 15h30min, uma Celebração Eucarística.
Em Rio Grande, a escola Cristo Rei e o Educandário Coração de Maria, que integram a congregação, estão em grande movimentação para participar dos festejos. Amanhã um grupo de 15 pessoas entre alunos e professores do Cristo Rei viaja à capital para ensaiar a apresentação do momento cultural que será realizado no sábado.
De acordo com a diretora da escola, irmã Isalete Bisognin, o momento terá como tema "A Vida e Missão de Bárbara", abordando várias facetas de toda obra dela.
Já no sábado, três ônibus de cada escola partem rumo a Porto Alegre com irmãs, professoras, alunos, ex-alunos, pais e amigos da congregação. Conforme a diretora do Educandário Coração de Maria, Gilsilene Machado, a beatificação tem grande importância para a comunidade escolar. “A fundadora é tudo. Em função dela é que o educandário existe como obra social. Aqui na escola, todos os dias um aluno leva para casa um material com uma miniatura de Bárbara Maix, orações e um CD com músicas sobre ela. Além disso, na entrada da escola há um espaço em referência à fundadora”, contou. A diretora do Cristo Rei ressaltou a singularidade do momento.
“A beatificação é o máximo de importância. Marca a Igreja, a congregação, a época. É uma honra fazermos parte da congregação”, destacou.


História de Bárbara

Nascida em 27 de junho de 1818, em Viena, na Áustria, Bárbara era de família numerosa, pobre, profundamente cristã. Ela aprendeu cedo a enfrentar as dificuldades da vida. Aos 15 anos, órfã de pai e mãe buscou o próprio sustento formando-se no curso de Modista e abriu uma Pensão para acolher jovens em vulnerabilidade social e empregadas domésticas vindas do interior e de fácil perdição.
Com elas, desenvolveu trabalhos manuais, dedicou-se à formação e ao cultivo espiritual e secretamente, teceu o plano de fundar a Congregação.
Deixou sua pátria por causa da congregação religiosa, movida pela revolução liberal de 1848. Emigrou para o Brasil com mais 21 companheiras, chegando ao Rio de Janeiro após 57 dias de viagem com a barca Merk e acolhidas pelas Irmãs Concepcionistas, no Convento Nossa Senhora da Ajuda.
Após seis meses, ela fundou a Congregação, no Rio de Janeiro, no dia 8 de maio de 1849. Assumiu a 1ª Escola, dia 20 de maio de 1849, oferecida pela Irmandade Nossa Senhora do Terço, assumiu, igualmente, a educação na Ilha do Bom Jesus e outras atendendo crianças pobres.
Neste período, rompeu forte onda de febre amarela e cólera, matando muitas pessoas, sendo que numa semana morreram nove irmãs. Bárbara assumiu obras no Rio Grande do Sul, em Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre. Desafios e dificuldades, pobreza e sacrifícios, fé, esperança e coragem a faziam não desanimar, mas confiar plenamente em Deus.


Por Lorena Garibaldi
lorena@jornalagora.com.br





Debaixo de chuva, Eminem dispara rimas para 25 mil em São Paulo

Choveu e ventou muito. Foram poucos os instantes em que o aguaceiro deu trégua aos espectadores do F1 Rocks, evento musical que trouxe nesta sexta-feira (5), pela primeira vez ao Brasil, o show do rapper Eminem. Mas a apresentação do americano não perdeu em energia por causa das nuvens carregadas. Em alguns momentos, quando ele pisava com força sobre as poças, fazendo-as espirrar, a água acumulada sobre o palco até parecia cenográfica.

Abertura do show

Vestido todo de preto, com blusa de capuz e boné, Eminem subiu ao palco por volta das 23h, ovacionado pelo público, de 25 mil pessoas, que cantou por cerca de uma hora. Estava acompanhado por uma banda com duas baterias, guitarra, baixo, DJ e um segundo MC rimando no microfone.
Houve até alguns efeitos pirotécnicos, mas os truques visuais foram coadjuvantes. A apresentação girou em torno do que Eminem sabe fazer bem: disparar freneticamente suas rimas bem sacadas, cheias de ambiguidade e jogos de palavras.

Abriu cantando a grandiosa “Won’t back down”, faixa incluída em seu álbum mais recente, “Recovery”, lançado este ano. Os vocais da cantora Pink, que no disco participa da faixa, apareceram gravados, encorpados por uma vocalista no palco.

As canções foram cantadas com familiaridade também pelo público mais jovem que compareceu ao evento. Gente como João Pedro Sautchuk, de 12 anos, que assistiu ao show do ídolo acompanhado pela mãe. “Gosto de rap desde meus seis anos de idade. Ouvi o disco novo do Eminem no iPod do meu amigo e gostei muito”, disse Sautchuk. Ainda entre as novidades, o repertório incluiu o hit “Love the way you lie”, que o rapper dedicou às garotas presentes. Na faixa, sobre um relacionamento arruinado, ele faz um dueto com a pop-star Rihanna, cujas vozes também apareceram numa gravação.
Comunicativo, Eminem agradeceu o apoio dos fãs por terem continuado fiéis apesar de ele ter passado boa parte da segunda metade dos anos 2000 em crise, afastado dos palcos. Voltou à cena com "Relapse", de 2009, e "Recovery", o mais recente, que chegou a passar seis semanas como o mais vendido dos EUA.
Mas os momentos de maior resposta do público em SP foram mesmo durante os sucessos anteriores: “Stan” (com a voz de Dido em playback) e “The real Slim Shady” apareceram entre as faixas do LP “The Marshall Mathers”, de 2000. Do álbum “The Eminem show”, de 2002, ele cantou faixas como “Cleanin’ out my closet” e “Without me”.

O encerramento, já com a chuva mais leve, foi com “Lose yourself”, incluída na trilha sonora do filme “8 mile”, estrelado pelo cantor. Pouco antes que ele saísse de cena, houve uma invasão de palco. Um membro da plateia conseguiu driblar a segurança, mas foi impedido antes de alcançar o rapper.

“O show cumpriu minhas expectativas. Mesmo sendo curto, acho que deu para ele cantar todas as músicas que eu gosto. Valeu a pena”, resumiu o estudante Rober de Abreu Jr., de 19 anos.